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Ser Pai

“Não me lembro de nenhuma necessidade tão grande na infância quanto a necessidade da proteção de um pai.”

Sigmund Freud


No próximo domingo, comemora-se o Dia dos Pais. E, longe de pretender ser clichê, posso afirmar que, na visão dos filhos, o pai é seu primeiro super-herói – aquele que é capaz das atitudes mais incríveis, que simboliza proteção, colo que acolhe, amor infinito e muito mais. Provavelmente, minha visão reflete um tempo bastante atual, em que a participação do homem é muito mais ativa do que antigamente, e em que a família como um todo ganhou muito com o despertar da “paternidade participativa”.

 

Mas nem sempre foi assim. Por muito tempo, a paternidade resumia-se a uma figura de autoridade, cujo papel limitava-se ao suprimento das necessidades materiais da família. Felizmente, com o passar do tempo, mudanças positivas redefiniram a função paterna. Essencial na construção da personalidade e no desenvolvimento emocional de uma pessoa, muitos homens despertaram para a importância de um papel mais ativo na criação e no desenvolvimento dos filhos.

 

Ao pensarmos nos primeiros anos de vida de um ser humano, a presença do pai é fundamental para a formação da identidade e para o estabelecimento de relações saudáveis. Estamos falando de um modelo de comportamento, uma referência para a criança sobre como se relacionar com o mundo e com as outras pessoas. Por meio de uma construção saudável e de um envolvimento ativo na vida dos filhos, o pai, além de representar disciplina, ensina valores e encoraja a autonomia e a responsabilidade.

 

O papel de pai também envolve apoio emocional. Por meio de gestos de amor, carinho e compreensão, não apenas com os filhos, mas também com sua companheira, ele possibilita à criança o desenvolvimento da autoestima e da confiança.

 

Os exemplos e orientações ajudam os filhos a enfrentar os desafios e dificuldades da vida adulta, promovendo o desenvolvimento de habilidades sociais e de resolução de problemas, preparando-os para lidar com frustrações e adversidades.

 

Em síntese, hoje estamos vivenciando um tempo em que a dádiva de ter um pai presente vai muito além do papel tradicional de provedor. Os filhos que podem contar com a presença e participação ativa do pai têm a oportunidade de um melhor desenvolvimento emocional, social e psicológico. Essas influências positivas não apenas ajudam na formação da identidade e na capacidade de estabelecer relacionamentos saudáveis ao longo da vida, mas também constroem pessoas mais seguras em seus afetos, pois crescem cercadas de amor e segurança.

 

Sendo assim, pais, estejam cientes da importância de seu papel e não deleguem nem se isentem da responsabilidade e da oportunidade de deixar essa marca de amor na memória de seus filhos, sejam eles biológicos ou do coração.

 

Feliz Dia dos Pais a todos os pais, especialmente ao Celso, pai dos meus filhos e ao Rubens, meu pai do coração.

 

Cláudia Ducci Hartmann

Especialista em TCC e Pós Graduanda em Psicologia Clínica

CRP 08-37672

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