Nesta semana, em que se comemora o Dia das Mães, a Coluna Vida Plena Psi ouviu as mães leitoras que acompanham a coluna e lhes proporcionou um momento de reflexão sobre o “tornar-se mãe” e você confere a seguir.
“Quando me tornei mãe…descobri o porque …você não é todo mundo…porque filhos são únicos, são seres que Deus nos envia para ensinar que a partir desse dia estamos ligados eternamente no amor, na compreensão, no respeito, no acolhimento em todas as fases e em todas as idades.” (G.G.L. 62 anos)
Ser mãe é um privilégio e uma decisão importante na vida da mulher que decide gestar, pois a mesma estará por um longo tempo envolvida nas tarefas que envolvem a maternidade, como alimentar, ensinar, acolher e educar os filhos.
"Para mim foi tão legal, natural, eu fiquei muito feliz e foi tudo muito bom, eu só não estava preparada quando um filho ficava doente, pois aí eu entrava em pânico, mas depois com o tempo a gente aprende a controlar a ansiedade." (M. A. H. 74 anos)
Pode-se dizer que a mulher realiza um trajeto muito particular que vai do papel de filha ao papel de mãe, papéis esses completamente distintos um do outro e nesse desenvolvimento muitas vezes é necessário mais do que os nove meses de gestação para o efetivo ingresso na função materna.
Portanto, o movimento no sentido de tornar-se mãe é único e singular, sendo que cada mulher faz à sua própria maneira.
“Quando me tornei mãe? Eu poderia dizer que foi quando recebi o resultado do teste dizendo que estava grávida, foi lindo e maravilhoso receber a notícia, pois foi programado das duas filhas. Mas não me tornei mãe nesse dia, ali eu estava mãe apenas.
Esse momento exato de me tornar mãe aconteceu em uma situação de dificuldade com a amamentação, onde a Fefa precisou de mamadeira e com isso vieram muitas cólicas até o sexto mês, com muito sofrimento, choro dia e noite. Até que em uma noite muito gelada, ela chorava muito e eu tentava acalmá-la com o abdômen dela próximo ao meu e no momento de pânico eu orei a Deus para tirar toda a dor dela e colocar em mim, e foi aí que me tornei mãe, criando-se um elo que jamais vai se romper, de amor incondicional por toda a vida.”
(R. A. L. 55 anos)
Há profundas transformações tanto físicas como emocionais e também questões de ordem profissional e financeira, enfim a mulher que deseja tornar-se mãe vai lidando com as mais diversas situações e com sua flexibilidade adapta sua realidade e aprende lidar com as adversidades.
“Quando me tornei mãe um mundo novo se abriu, parece que minha visão ficou mais aguçada, os ouvidos atentos a ruídos, a preocupação tomou conta do meu ser, um misto de emoções, a minha empatia disparou em 1.000%, o amar agora chega a doer, Deus é tão bondoso que me presenteou com duas vidas para zelar, dar ensinamentos que eles vão lembrar pra vida toda. É uma grande responsabilidade ser mãe e é um momento único e inexplicável, ser mãe é algo incrível, pois há várias descobertas diárias.
O coração se enche de alegria em ver eles felizes e como isso é gratificante...ah! Ser mãe é uma benção ❤️ (C.L.M. 34 anos)
Muito se fala da maternidade, são inúmeras as obras sobre o assunto, eu mesma escrevi meu projeto de conclusão de curso sobre o assunto e acredito ser difícil traduzir em palavras a melhor e a pior parte, uma experiência que torna-se palpável à medida em que se vive.
“Quando me tornei mãe eu entendi o sentido real de um paradoxo, pois é muito bom ser mãe, aliás é maravilhoso ser chamada de mãe, ser abraçada pelos filhos, vê-los felizes e saudáveis; por outro lado é absolutamente terrível vê-los com alguma enfermidade ou sentir medo ao vê-los saírem sozinhos em um mundo tão violento. Porém, posso dizer com todas as letras que quando me tornei mãe entendi o que é amar de verdade e também percebi que a minha mãe é humana e fez o seu melhor por mim.” (C. D. H. 46 anos)
Para finalizar, lembrem-se sempre que a maternidade não precisa e nem deve ser solitária, uma rede de apoio faz toda a diferença nessa jornada. Converse com outras mães, compartilhe suas experiências, tire dúvidas, tenha momentos para seu autocuidado e principalmente, se precisar busque ajuda.
Obrigada por acompanhar o Jornal do Juvevê e a coluna de Psicologia Vida Plena Psi, até a próxima.
Cláudia Ducci Hartmann
Psicóloga CRP 08/37672
@psi.claudiaducci
Obrigada pelo texto que me fez refletir ainda mais nesse final de gestação. Parabéns pela sua sensibilidade com as palavras. Sou sua fã ❤️
Parabéns para todas as mães!