A relação do homem com o trabalho é bastante antiga, remonta a um período histórico onde sua sobrevivência dependia basicamente da habilidade nas caçadas. Tanto homens como mulheres coletavam o que a natureza lhes oferecia e na vida nômade que desfrutavam, não havia necessidade de acumular itens, pois em caso de mudança não seriam capazes de carregar tais pertences.
Por mais absurdo que seja, o trabalho escravo também já fez parte da realidade humana, sendo a força de trabalho pertencente a outro homem, em um período onde seres humanos eram negociados, tal qual mercadorias.
A segunda metade do século XVIII, marcada pela Revolução Industrial, trouxe expressivas transformações na vida dos trabalhadores, com a intensa exploração da força de trabalho, tanto de homens, como mulheres e até mesmo crianças.
Um processo histórico importante, que levou à substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico ou artesanal pela produção em grande escala.
Esse período é retratado com brilhantismo na obra Tempos Modernos de 1936, filme idealizado por Charles Chaplin, um clássico do cinema.
O trabalho e a tecnologia
Após essa breve incursão pela história, eu proponho pensarmos sobre o trabalho nos dias de hoje, com mudanças tão significativas, ocorridas inclusive após a pandemia que assolou o mundo.
A eliminação das barreiras físicas é um dos grandes avanços que a tecnologia trouxe, pois pode-se exercer trabalho remotamente de qualquer lugar do mundo, fato este que possibilita inclusive a contratação de pessoas independentemente da localização geográfica.
Na profissão de Psicólogo, por exemplo, a tecnologia nos permite atender pacientes de outras localidades, como também buscar aperfeiçoamento em cursos até mesmo em outros países.
Quanto aos empregos, a tecnologia ameaça extinguir profissões que os robôs controlados por Inteligência Artificial - IA podem exercer.
No entanto, segundo estudo encomendado por Dell Technologies ao The Future Institute (IFTF) nos informa que cerca de 85% das profissões necessárias até 2030 ainda nem foram criadas.
Portanto, o avanço e crescimento tecnológico podem oferecer aspectos tanto positivos como negativos.
Acredito que uma palavra importante nesse contexto é adaptação, ao nos permitirmos acompanhar as evoluções sem aquela ideia de que "no meu tempo era assim", pois o nosso tempo é o presente, usufruindo aqui e agora.
Obrigada por acompanhar o Jornal do Juvevê e a coluna de Psicologia Vida Plena Psi, até a próxima semana.
Cláudia Ducci Hartmann Psicóloga CRP 08/37672 duccihartmann@gmail.com @psi.claudiaducci
Futuro: 85% das profissões do mercado em 2030 ainda não existem - O Libera
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