De volta às plaquinhas de bronze...
Esse também merecia o título de Doutor, porém, aqui no bar era Veloso. Médico, sua esposa também médica, frequentou o bar até pouco tempo quando se mudou para Florianópolis.
Bem quisto, divertido, com o passar dos tempos foi criando manias, de repente se embriagava, ligava para a esposa que, portadora de deficiência, pegava o carro adaptado e vinha busca-lo. Levava o “borracho” para casa e... eis que 10 minutos depois estava de volta.
Quando adoeceu Giba foi escalado como cuidador e não era fácil, Veloso que deveria ficar em casa se cuidando vivia fugindo, fazia de conta que estava dormindo a fim de desarmar a guarda do Gilberto e na primeira distração escapava sorrateiro. Quando foi ser internado, Giba alertou o hospital quanto às habilidades fugidias do paciente, ainda assim Veloso driblou a segurança do hospital e foi pro boteco.
Morava a três quadras de distância e sempre encontrava um desavisado.
Luizinho chegou, pediu a bebida e deu atenção ao Veloso que se fazia de bêbado, ouviu as mazelas. Veloso se queixava do porre e se dizia sem condição de ir pra casa.
Apiedado, Luizinho amparou Veloso e serviu de muleta por mais de meia hora para entregar o companheiro ao lar(que ficava a três quadras daqui)
Cumprida a missão, retornou ao bar para terminar a bebida interrompida, nem 10 minutos depois... entrou no bar pedindo mais uma ninguém menos que... Veloso. Detalhe: voltou pelas próprias pernas sem escolta.
É pra acabar!
Foi ele mesmo que mandou fazer a plaquinha e colou na parede e que diz: “Cantinho do Veloso – Futuro Falecido”.
Watson
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