Giorgia Prates conta ao Você Me Representa como foi trazer as pautas da periferia, do racismo e da população LGBTQIA+ para a CMC.
Política habitacional, superação do racismo e justiça social são as pautas que irão conduzir o 2º mandato de Giorgia Prates - Mandata Preta (PT) na Câmara Municipal de Curitiba (CMC). A fotojornalista, artista e ativista dos direitos humanos já foi ganhadora do Prêmio Cannes com o filme “O uniforme que nunca existiu”, de sua direção, e já foi fotógrafa oficial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD Brasil). Prates foi eleita com 6.070 votos nas eleições de 2024, 2.488 a mais do que nas eleições de 2020, quando os 3.582 votos recebidos lhe deixaram com a terceira suplência do Partido dos Trabalhadores (PT). Ela assumiu a vereança em 2023, após a ida de Renato Freitas para a Assembleia Legislativa do Paraná.
Ao Você Me Representa, ela conta como foram os primeiros anos de vereança e quais os planos para o próximo mandato. “Foi um momento de muitos desafios. Acho que entender, primeiro, o que significava ter esse corpo presente aqui dentro da Câmara e as pautas que eu trouxe junto comigo, que são as pautas da periferia, da população LGBTQIA+, e também, obviamente, a pauta racial”, descreveu a vereadora sobre o início da sua jornada no Legislativo.
Para os próximos quatro anos, Prates diz que quer ver aprovado um plano de moradia para a cidade. “Quando as pessoas não têm moradia, elas não têm acesso a nada absolutamente”, pontua. E esse será um dos pontos de enfoque da vereadora no debate sobre o Plano Diretor, que acontecerá neste ano. “Acompanhando a situação da Cohab [Companhia de Habitação Popular], hoje, por exemplo, a gente não tem um plano para moradia, para o gasto do dinheiro público”, criticou. Sobre a pauta racial, ela enfatiza que vai continuar "batendo nessa tecla de que racismo é crime e a gente precisa trabalhar isso na sociedade”.
Em relação à nova licitação do transporte público, outro tema que estará em pauta na CMC, Prates declara que vai lutar por uma tarifa zero ou, pelo menos, mais barata. "A gente tem um problema de acesso à cidade, que é também uma das pautas da justiça social, que faz com que a periferia não consiga acessar a cidade, não consiga vivenciar a cidade como deve, até por conta do valor da passagem de ônibus e também da qualidade das linhas, que acabam sendo ineficientes para atender à população”, avalia. A vereadora ainda falou sobre a importância de olhar para as situações de violência contra a comunidade LGBTQIA+, especialmente os adolescentes. "Estou falando de crimes, de situações de preconceito, de situações que fazem pessoas perder vidas”, frisou Giorgia Prates.
FONTE: CMC
FOTO: RODRIGO FONSECA/CMC
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