Solução ajuda a escoar água da chuva e já é usada em grandes cidades como São Paulo e Nova York
Projeto de lei apresentado pela vereadora Laís Leão (PDT) nesta segunda-feira (27) permite que Curitiba instale os chamados “jardins de chuva” para evitar alagamentos e enchentes. A solução urbana ajuda a escoar a água da chuva e já é adotada em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Nova York e Washington.
A vereadora, mestre e doutoranda em Gestão Urbana, defende a inclusão do dispositivo na lei 15.852/2021 como parte do compromisso de melhorar a capacidade de Curitiba de enfrentar os efeitos das mudanças climáticas.
A impermeabilização do solo intensifica os problemas de enchentes, poluição hídrica e degradação ambiental, demandando soluções inovadoras e sustentáveis.
A legislação em vigor estabelece que o município é responsável por planejar, executar, operar, fiscalizar e manter o sistema de drenagem pluvial urbana. O texto atual cita como opções para o escoamento: meio natural, fundos de vale e dispositivos de infraestrutura de drenagem.
Se a proposta for aprovada, os jardins de chuva serão uma alternativa viável e eficiente.
Que jardim é esse?
O projeto define como jardim de chuva infraestruturas verdes projetadas para captar, infiltrar, tratar e reduzir o escoamento superficial das águas
pluviais, integrando técnicas de manejo sustentável de águas urbanas.
“A implantação de jardins de chuva deverá priorizar o uso de
espécies vegetais adaptadas às condições locais, contribuindo para o controle
de enchentes, a recarga dos lençóis freáticos, a filtragem de poluentes e a
melhoria da paisagem urbana”, diz trecho da proposta.
Essas estruturas captam, infiltram e filtram a água da chuva, contribuindo para a recarga dos aquíferos e a redução da velocidade do escoamento superficial. Isso não apenas mitiga enchentes, mas também melhora a qualidade da água ao remover poluentes antes que cheguem aos rios e córregos urbanos.
Ao ampliar a vegetação urbana, os jardins de chuva ajudam a combater os efeitos de ilhas de calor, aumentam a biodiversidade local e tornam os espaços mais atrativos e acolhedores.
Se aprovada, a mudança legal começa a valer 90 dias após a publicação no Diário Oficial do Município.
Fonte: Gabinete da Vereadora Lais Leão
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