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Indígenas do Brasil ocupam Brasília em defesa de seus direitos e territórios

Com cerca de 7 mil representantes de 200 povos, o 18º Acampamento Terra Livre busca “retomar o Brasil”, “demarcar territórios e aldear a política”. Veja fotos na reportagem da Agência Pública



Na quarta-feira (6) à tarde, indígenas de todas as regiões do país marcharam até o Congresso Nacional. Eles fazem parte do 18º Acampamento Terra Livre (ATL), que desde o dia 4 de abril muda o tom do planalto central reunindo na Esplanada mais de 7 mil indígenas de 200 povos.

Na pauta do acampamento, está a defesa da demarcação das terras indígenas e a oposição ao PL 191/2020, que libera a mineração e a geração de energia em terras indígenas; e o PL 490/07, do Marco Temporal, que limita o reconhecimento de novas terras tradicionalmente habitadas por povos nativos e pode levá-los a perder os meios para sua sobrevivência.


No dia anterior à marcha, o ATL 2022 lançou uma carta aberta contra o projeto que libera a mineração sem permitir aos povos a decisão final sobre o destino de suas próprias terras. As lideranças argumentam que “o governo atual quer promover a especulação imobiliária sobre os territórios indígenas e incentivar a invasão do agronegócio” e conclamam os parlamentares a barrar o projeto.


Os povos tradicionais estão acampados na área externa do Complexo Cultural Funarte, no Eixo Monumental, em Brasília, desde o último dia 4. Cada povo selecionou um espaço para montar suas barracas, onde se pintam e se arrumam para as atividades do dia. Antes do início das plenárias, povos de diferentes estados brasileiros são convidados a performar suas danças típicas e trazer suas principais demandas.


Entre os corredores de barracas se falam várias línguas — no Brasil existem 274 línguas indígenas , e mesmo o chamado para iniciar a marcha e outras atividades é traduzido para que ninguém seja deixado de fora. Espalhadas pelo acampamento também estão lojas onde os indígenas vendem artesanato e convidam o público a fazer as pinturas de suas etnias.


Fonte: Revista Galileu

Foto: Andressa Anholete


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