Todo lugar tem gente esquisita, alguns com transtornos mentais, maníacos ou simplesmente querendo aparecer, tem de tudo. Aqui no bar do Dionísio não é diferente, como as portas estão abertas e a tolerância de todo mundo que trabalha ou frequenta o bar é enorme, esses seres estranhos sempre aparecem.
Não dá pra puxar da memória todos os malucos que já passaram por este bar, mas dá pra lembrar alguns que vem com mais frequência.
Mr. Bean chega, pede uma cerveja, se senta em umas das mesas, olha pra tudo e pra nada ao mesmo tempo, cara de alegria, de bem com a vida, fica com essa expressão de quem está feliz por estar aqui. Não fala com ninguém, não puxa assunto, demora uma hora pra beber a cerveja e a expressão no rosto é sempre a mesma. Já sabe o preço da bera e quando termina de beber conta o dinheiro, faz o pagamento e se vai com o mesmo sorriso no rosto para voltar outro dia. Não incomoda ninguém, não interfere em nada, nem interage, só curte.
A Fiscal da Prefeitura entra, não fala nada com ninguém, olha pra tudo, prateleiras, mesas, balcões, mesa de sinuca, pessoas. Circula o bar, contorna a mesa de jogo, escolhe uma mesa, experimenta uma das cadeiras, sim, senta e levanta como se estivesse testando. Passa em revista novamente em direção à porta da frente e vai embora sem nenhuma palavra. Por isso o apelido de Fiscal da Prefeitura.
A Nojentinha anda de um lado para o outro, incessantemente, hiperativa não pára quieta, exige verificar a data de validade do cigarro que compra. “Não coloco a boca em qualquer coisa”.
Um dia Dionísio e seu sobrinho Gilson que ajudava no bar foram ao centro da cidade e viram-na fazendo ponto. É garota de programa, mas não coloca a boca em qualquer coisa.
Enfim, eu acho estranho (peculiares?) esses personagens. (Se rebuscar na memória, virão outros) E aqui não vai nada de preconceituoso ou agressivo, apenas uma leitura.
Sabe-se lá o que pensam de mim!
Watson
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