Lá vai o cara com sua psicologia de boteco falar coisas, dar palpites sobre coisas que não domina, vai arrumar encrenca com os profissionais da área. Mas, fazer o quê? Tem incontinência imaginativa.
Penso que o pior veneno para a saúde mental seja a solidão: “O homem é um ser social”, disse o filósofo. E, te garanto, é mesmo. Sozinho, sem graça, sem fins, sem nada ou sem tudo.
Penso também que nossa cabeça seja movida por coisas simples e sempre a seu alcance. Coisas muito eruditas, de intelecto elevado, fora do alcance do homem comum não funcionam. Tem que estar ao alcance das mãos, onde se possa pegar.
Bem, todo humano comum precisa desopilar, extravasar o estresse, relaxar e precisa conviver. Deixar de fazê-lo pode ter consequências muito graves à saúde.
Tá bom, no consultório, no divan, não tem provocações etílicas. Mas também não tem o outro em quem você possa se espelhar. É um olhar para dentro e é claro que muitos de nós precisamos disso. Na banqueta, no boteco, porém... Ai, meu Deus... Uma dinâmica de malucos. Uma roda que faz girar alguns mundos. A convivência, os risos, as discussões, o fazer pensar, distrair, desopilar.
Ok. Se juntar um problema a outro, a solidão ao vício, aí não tem jeito. Melhor procurar os doutores. Mas se você souber dosar vai economizar uma boa grana com terapia. E, podes crer, com as amizades que criamos aqui, xô solidão... Não vamos adoecer da cabeça...
Já o fígado???
Essa já é outra especialidade médica que eu também não domino e, dessa vez, não vou dar palpite.
Watson
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