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Foto do escritorJornal do Juvevê

Dia das mães


Tradicionalmente, celebramos o Dia das Mães no segundo domingo de maio desde 1932, quando o então presidente Getúlio Vargas instituiu um decreto seguindo a tradição norte-americana.


O que representa a palavra mãe? Uma palavra com apenas três letras, porém imensa em significado. Ser mãe é uma atribuição das mais difíceis de explicar, pois cada mulher vivencia a maternidade à sua maneira.


No tocante à minha experiência materna, considero-a uma eterna construção, comparável a um livro sendo escrito dia após dia, com capítulos que oferecem aprendizado e outros que carregam as culpas tão conhecidas por quem decide ser mãe.


Confesso que há tempos percebi a intensa dualidade que habita o papel materno, com sua sobreposição de situações que se apresentam sem aviso prévio, alternando entre a parte boa e a parte ruim. A parte boa se comove ao ver filhos felizes, saudáveis, buscando autonomia, constituindo laços e desenvolvendo habilidades, enquanto a parte ruim, para mim, sempre foi ver os filhos doentes, por menor que fosse a virose, por mais baixa que fosse a febre ou febrícula.


Atualmente e com os filhos crescidos, as viroses praticamente deixam de fazer parte de suas vidas, mas surgem novas demandas nesse universo materno inquietante, diante das inúmeras escolhas que eles farão. Busco, portanto, lembrar que eu, no papel de filha, também fui responsável por minhas escolhas. Todas foram acertadas? Nem sempre, e quando não foram, reajustei a rota e me propus seguir adiante. Mudei de ideia inúmeras vezes, mudei de profissão depois dos 40 anos e, sobretudo, mudei muito de atitude quando percebi que estou no comando. Isso me leva ao entendimento de que meus filhos também estarão à frente de suas escolhas e, com seus erros e acertos, estão crescendo e evoluindo como seres humanos.


O que importa hoje e sempre é lembrar que cada pessoa é única, e que a identidade tanto das mães quanto dos filhos merece respeito em sua mais especial condição, a subjetividade. Aquela velha frase de que "mãe é tudo igual" encontra amparo apenas no senso comum, no que tange ao conteúdo de preocupações com o bem estar dos filhos.


A vida não oferece manual, mas ao contrário, apresenta desafios, etapas, estágios ou ciclos, como você preferir chamar... e que fazem parte desta jornada e nos permitem crescer. A cada desafio e vicissitude, somos testados e, tal qual um jogo, passamos adiante ou não. O fato é que esse jogo, composto por muitas fases, só finaliza ou o "game over" só é decretado quando partimos, e enquanto isso, mantenha o "start" pressionado e siga em frente na direção de seus sonhos. Sendo mãe ou filho, não aceite a imposição de rótulos e perceba que, mais do que ser “igual a todo mundo”, nossas diferenças nos tornam únicos, e assumir o protagonismo é para quem tem coragem de viver plenamente.


Feliz Dia das Mães para todas as mulheres que decidiram embarcar nesta jornada da maternidade, com seus altos e baixos, com suas dificuldades e inúmeros desafios, mas sobretudo com a deliciosa aventura de ver de muito perto um ser humano crescendo e evoluindo, tornando-se pessoa. Que este domingo possa ser um momento de celebração, paz e união no seio das famílias.

 

 

 

Cláudia Ducci Hartmann

Psicóloga CRP 08/37672

@psi.claudiaducci

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