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Foto do escritorJornal do Juvevê

Cegueira


Essa não foi no nosso bar mas acho que é boa e resolvi compartilhar.


Thomas Jefferson tinha dois empregos e nas festas de fim de ano teve os encontros das empresas marcados para o mesmo dia, um churrasco à tarde e um boteco à noite, resolveu aceitar os dois convites.


Foi ao churrasco da primeira empresa onde havia chope à vontade e se esbaldou, passou a tarde toda bebendo, foi pra casa tomou um banho, um breve cochilo e se mandou para o boteco. Novas rodadas com a nova turma e o porre está garantido, muita alegria, todo mundo bonito, todo mundo rico, todo mundo amigo, até que bate o mal estar, a zonzeira, o enjoo.


Thomas com algum esforço se dirige ao banheiro, lava o rosto e com o estomago embrulhado entra em um dos banheiros, fecha a porta pra não ser incomodado, senta-se no vaso sanitário, apoia os cotovelos nas pernas e a cabeça nas mãos cobrindo os olhos. Fica ali por uns instantes esperando melhorar, então decide voltar para o bar.

Quando tira as mãos que cobriam os olhos para se levantar vem a surpresa, não enxerga mais nada, esfrega os olhos e nada, só a escuridão, só o breu. Em sua cabeça já se formam os planos: conseguir sair do banheiro, encontrar alguém que o leve ao hospital, reaprender a viver com a nova condição, um turbilhão de pensamentos desencontrados. Desesperado tateia para encontrar a maçaneta da porta e com dificuldade a abre e vai tateando as paredes.


Demorou um pouco para o sensor captar seu movimento e a luz outra vez invadir o ambiente, tempo suficiente para alterar os batimentos cardíacos e quase curar a bebedeira.


Fosse o Thomas Edison estava mais fácil de resolver!


Watson

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