Começam a chegar vestidos com as camisas de seus times, verdes e brancas de um lado, rubro-negras de outro, pedem suas bebidas, fazem piadas uns com os outros, falam da vida e bebem ansiosos.
Na tv narra-se as escalações dos times e já começam os palpites de lado a lado, cada um tentando ser o técnico de seu time.
A partida começa, em campo os times começam as primeiras jogadas meio que estudando o adversário, os torcedores fazem suas primeiras análises. Vem então as primeiras ofensivas e começam os gritos: Ohhh! Passa na direita! Toca, toca! Ademir que é paranista vai repondo as cervejas.
Os gols quando saem são comemorados aos gritos de um lado e lamentados de outro, coitada da mãe do juiz. As críticas ao adversário são evitadas, cada lado limita-se a criticar o próprio time. Quem perde põe a culpa no “frangueiro” que deveria ser substituído, quem ganha enaltece as qualidades do goleador.
No intervalo voltam a conversar entre si, novas piadas e conversas triviais até que venham os próximos 45 minutos e tudo se repete.
Ao fim os perdedores lamentam, ameaçam nunca mais torcer para seu time, os mais passionais pedem a conta e vão embora, os ganhadores pedem mais uma pra comemorar, tiram um “sarrinho” dos adversários que restam no bar, bebem juntos, falam de outras coisas e seguem com a vida normal.
Que bom que neste ambiente onde quase todos se conhecem reina essa tolerância, que aqui, independente do resultado, o futebol é só alegria, há respeito e empatia. Fosse assim em todo canto não veríamos tantos atos violentos e trágicos nos estádios e ruas.
Que venha outro athletiba que aqui a gente torce e ri em paz.
Watson
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